Você já pensou que os pés carregam o nosso corpo inteiro? Na gravidez, a função deles é mais importante ainda, afinal são duas pessoas, não é mesmo?
Ao longo dos nove meses de gravidez, é normal que os pés sofram alterações. Geralmente, pés e tornozelos incham por volta do sexto mês de gestação, gerando desconforto especialmente ao fim da gravidez em decorrência do desenvolvimento do bebê e da maior retenção de líquido.
Além disso, os pés também sofrem com outros problemas, como rachaduras, dores, ressecamento, todos comuns na gravidez.
Por que os pés incham?
Na gravidez, os níveis de progesterona, hormônio feminino essencial nesse período, aumentam, provocando inchaço em todo o corpo e cansaço ao caminhar. Abaixo, listamos algumas dicas fundamentais para reduzir o inchaço e o desconforto. Vamos a elas:
Beba muita água
Para limpar o organismo, reduzir o inchaço de pés e tornozelos e combater a retenção de líquidos, expulsando o maior número de toxinas, é recomendável beber muita água, entre 1,5 litro a 2 litros por dia. Ao hidratar o corpo, é produzida mais urina, o que acaba eliminando as toxinas.
Eleve os pés
Pernas para cima e repouso. Colocar as pernas para cima facilita o retorno do sangue para o coração, melhorando a circulação sanguínea e, consequentemente, aliviando o inchaço nos pés e tornozelos. O ideal é apoiá-las na cabeceira da cama ou usar almofadas e travesseiros por, no mínimo, 20 minutos.
Evite ficar muito tempo em pé
Não fique em pé por longos períodos. É que ficar em pé por mais de uma hora dificulta o retorno do sangue para o coração, aumentando a retenção de líquidos nas pernas e o acúmulo de líquido nos pés, o que pode causar ou piorar o inchaço nos pés e tornozelos. Tente movimentar-se, flexionando os joelhos e tornozelos.
Use sapatos confortáveis
Sapatos apertados não combinam com gravidez. Evite a sobrecarga de peso sobre os pés e melhore a circulação sanguínea usando sapatos confortáveis. Consequentemente, a retenção de líquidos também diminuirá. Sapatos de salto alto não são indicados. Use tênis, sapatênis ou sapatos ortopédicos.
Massageie os pés
A massagem nos pés ajuda a reduzir o edema e a estimular a circulação sanguínea e linfática. Isso ajuda a eliminar o excesso de líquido e a relaxar. Estenda a massagem aos tornozelos e às pernas, sempre no sentido dos pés para o coração.
Use meias de compressão
Meias de compressão ajudam no retorno do sangue das pernas para o coração, melhorando também a circulação sanguínea e evitando o edema. As meias diminuem a sensação de cansaço nas pernas, fazendo com que elas fiquem lisas e “respirem melhor”. O indicado é usar meias de compressão, sob orientação médica, o dia inteiro.
Exercite-se regularmente
Fazer atividades físicas leves durante a gravidez – como caminhada, hidroginástica ou natação – ajuda a melhorar a circulação sanguínea e linfática das pernas, reduzindo os inchaços. O indicado é fazer uma destas atividades por 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, sempre sob a orientação de um educador físico.
Invista na alimentação
Cereais integrais, verduras e frutas favorecem a circulação sanguínea e ajudam a combater o inchaço. É o caso do mirtilo. Alguns alimentos também beneficiam a fluidez do sangue. É o caso da cebola, alho, peixe, pepino e melancia, sendo estes últimos diuréticos.
Tome banhos de contraste
Você conhece o banho de contraste? Basta alternar o uso de água quente com água fria, promovendo a circulação nas pernas e nos pés e com ótimos resultados na redução dos inchaços.
Não deixe as pernas penduradas
Apoie os pés em um banquinho ou em uma pilha de livros, por exemplo, de forma que elas fiquem na mesma altura das coxas. É que ficando no mesmo nível, a circulação sanguínea de pés e pernas melhoram. Nos casos em que o trabalho exige que a gestante fique horas sentada, o ideal é levantar-se e caminhar um pouco a cada 60 minutos, para não comprometer a circulação.
Depois de todas essas dicas, caso os sintomas do inchaço não melhorem ou afetem o rosto, provocando dor de cabeça ou dor abaixo das costelas, procure ajuda médica.
Lembrando sempre que o acompanhamento pré-natal regular evita o aparecimento de complicações, garantindo uma gravidez tranquila e o desenvolvimento saudável do bebê.