A Importância de Fazer o Pré-Natal

O pré-natal envolve uma série de exames realizados durante a gravidez que visam o acompanhamento detalhado da saúde da mulher e do bebê. Esse cuidado ajuda a prevenir complicações e doenças que podem contribuir para o parto prematuro e até mesmo o aborto.

Além disso, o pré-natal é uma forma de dar suporte à gestante, para que ela tenha uma gravidez saudável e possa esclarecer dúvidas sobre as alterações corporais da mulher, o desenvolvimento do bebê, os preparativos para o parto e os cuidados no pós-parto para ambos.

Para explicar a importância do pré-natal na vida da gestante, separamos algumas informações essenciais. Vamos a elas:

Quando iniciar o pré-natal?

Embora nem sempre seja dessa forma, é recomendável que o pré-natal seja iniciado três meses antes da gestação. Caso não seja possível, é importante fazer o pré-natal assim que a gravidez é confirmada.

Para que você tenha mais segurança e tranquilidade até a chegada do bebê, o aval do médico é essencial durante toda a evolução da gravidez. Uma boa dica, até mesmo antes do início do pré-natal, é começar a usar ácido fólico, um remédio eficaz contra malformações do sistema nervoso central do bebê, a exemplo da anencefalia.

O pré-natal também alerta a gestante para as vacinas contra doenças como a rubéola, responsável por causar malformação fetal, e avalia doenças preexistentes na paciente.

Quantas consultas são necessárias?

Seguindo o que é preconizado pelo Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), do Ministério da Saúde, é recomendável que as consultas de pré-natal cheguem a seis.
Ainda de acordo com o ministério, seriam: uma no primeiro trimestre de gravidez, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre.

A maior quantidade de consultas no último trimestre deve-se à proximidade do parto. Parto prematuro, pré-eclâmpsia, eclâmpsia e outras intercorrências são comuns nesse período.

O que acontece nas consultas?

A primeira consulta dura mais tempo e é essencial para que médico e paciente se conheçam. O médico faz uma espécie de anamnese com a paciente, perguntando toda a sua vida pregressa, como doenças preexistentes, gestações anteriores, cirurgias, hábitos de vida, de alimentação, além de orientá-la sobre o processo natural da gestação.

Caso tenha alguma dúvida e você se esqueça de perguntar, anote e leve a questão para a próxima consulta. É importante que você estabeleça uma relação de total confiança com seu médico, para que nada fique no ar ou sem resposta. Em todas as consultas, o médico vai aferir sua pressão arterial, conferir o peso, a situação da cavidade uterina e os batimentos cardíacos do bebê.

Quais exames são solicitados?

Geralmente, na primeira consulta o médico pede diversos exames, entre os quais estão:

  • Hemograma completo
  • Tipo sanguíneo e determinação do fator RH
  • Glicemia de jejum
  • Hepatite B
  • Sífilis
  • HIV
  • Toxoplasmose
  • Citomegalovírus
  • Urina e urocultura
  • Parasitológico (fezes)
  • Papanicolau
  • Ultrassons

Em geral, são solicitadas quatro ultrassonografias ao longo da gestação, podendo ser obstétrica ou morfológica, dependendo da idade gestacional.

Exames de laboratório serão solicitados novamente por volta da 28ª semana de gestação, além do exame de intolerância à glicose, específico para detectar diabetes gestacional, quadro comum nessa fase da gravidez.

E quais são os testes complementares?

Caso o médico queira repetir algum exame ou caso haja alteração no estado geral da mulher, o médico pode solicitar novos exames. Entre os mais comuns, estão:

  • Teste de tolerância oral à glicose: em casos de suspeita de diabetes gestacional, podendo complementar a glicemia de jejum.
  • Amniocentese e biópsia de vilo coriônico: indicados na suspeita de doenças genéticas ou para gestantes de alto risco.
  • Teste da fibronectina fetal: em casos de suspeita de rompimento prematuro da bolsa.
  • Ecocardiograma fetal: auxiliar no diagnóstico de doenças cardíacas no bebê.
  • Teste de Coombs: solicitado todos os meses caso a mãe tenha o sangue Rh negativo e o pai Rh positivo. A incompatibilidade pode fazer com que o organismo da mãe crie anticorpos contra o Rh positivo do bebê, causando a eritroblastose fetal. Se os anticorpos forem detectados no sangue materno, a mulher deve tomar uma vacina específica para essa condição.

Todos esses dados serão verificados durante a gravidez para o planejamento do parto e, caso haja necessidade, prever e evitar complicações. Então? Bora marcar o pré-natal? Mãos à obra e boa sorte!

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