Mitos e Verdades Sobre o Uso de Anticoncepcional

Símbolo da emancipação feminina, a pílula anticoncepcional chegou ao Brasil em 1962. Segundo o Comitê Científico do Centro Latinoamericano Salud y Mujer (Celsam), o Brasil está entre os três países que mais consomem pílulas anticoncepcionais na América Latina.

Controle da natalidade, regularização do ciclo menstrual e redução de complicações nos ovários estão entre os principais benefícios do uso de anticoncepcionais. Mas o que é verdade e o que não é quando o assunto é a pílula?

Abaixo, listamos mitos e verdades sobre o uso de anticoncepcionais. Será que sabemos tudo sobre esse medicamento? Vamos ver!

Tomar anticoncepcional por muitos anos causa infertilidade

A pílula anticoncepcional não causa infertilidade. As causas da infertilidade são outras, a exemplo de distúrbios hormonais que impedem ou dificultam o crescimento e a liberação de óvulos, problemas nas tubas uterinas, endometriose, síndrome dos ovários policísticos, entre outros.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o anticoncepcional, se utilizado por cinco ou mais anos, aumenta as chances de gravidez, se comparado a mulheres que a utilizam por menos anos. Segundo os especialistas, quanto mais tempo a mulher usar esse método de contracepção, menos ovulações ela vai ter, portanto, a fertilidade será mais preservada.

Anticoncepcionais podem causar varizes e até trombose

As pílulas anticoncepcionais têm efeitos colaterais. Quanto maior a dose de hormônios, maior é o perigo do surgimento de varizes e, em situações mais graves, até trombose. O que os especialistas fazem é uma avaliação para verificar riscos e benefícios. Cada caso é analisado separadamente.

Por isso, mulheres com antecedentes de trombose devem, por segurança, optar por não utilizar o medicamento. Outros fatores que devem ser levados em consideração são: excesso de peso, sedentarismo, o fato de a mulher trabalhar em pé ou sentada por muito tempo, entre outras.

Tomar anticoncepcional engorda

Embora essa seja uma crença ou uma “justificativa” de muitas mulheres para o explicar o excesso de peso, não há nenhum estudo científico que comprove a relação entre o uso de pílula anticoncepcional e o ganho de peso. Em alguns casos, as mulheres podem observar alguns sinais de inchaço, provocados pelo tipo de hormônio prescrito.

É melhor tomar a pílula em horários diferentes

O uso da pílula anticoncepcional exige uma rotina regular, já que tomá-las em horários diferentes reduz sua eficácia, facilitando a gravidez. Caso haja uma demora de poucas horas, isso não deve se tornar um hábito, mesmo que você mantenha um limite no atraso.

Os hormônios duram um certo período no organismo, então uma mudança de horário não seria recomendável. O ideal é consultar um ginecologista, que vai verificar qual é a mais adequada ao seu caso e às suas necessidades.

A pílula diminui a libido da mulher

São dois os componentes da pílula anticoncepcional – o estrógeno e o progestágeno. Enquanto o primeiro é uma substância sintética, o segundo tem ação no próprio receptor da progesterona, necessário para a eficácia da pílula.

A progesterona tem um efeito colateral: a mulher pode reter líquido ou fazer xixi várias vezes ao dia. Um dos tipos de progestágeno é o acetato de progesterona, que em algumas pacientes pode interferir no apetite sexual e diminuir a libido por possuir uma ação antiandrogênica, ou seja, combate a ação do hormônio masculino.

Por outro lado, a pílula tem a capacidade de melhorar a pele oleosa da mulher e diminuir acnes.

Posso usar a mesma marca de anticoncepcional que a minha amiga usa?

É fundamental que toda mulher vá a uma consulta com ginecologista para receber uma prescrição de pílula anticoncepcional que se adapte ao seu perfil. Cada organismo é único e há uma grande diversidade de pílulas anticoncepcionais, sendo que uma pode ser benéfica para uma paciente e maléfica para outra.

Uma mulher hipertensa, por exemplo, não deve tomar anticoncepcional, assim como alguém que tenha uma doença no fígado.

A pílula ajuda a diminuir a cólica menstrual?

Como as cólicas menstruais estão relacionadas à ovulação, se a mulher não ovula, em decorrência do uso da pílula anticoncepcional, a incidência de cólicas tende a diminuir.
Além disso, a pílula diminui a prostaglandina, reduzindo, portanto, a cólica menstrual.

E aí? Esclareceu algumas de suas dúvidas? O importante é saber que os anticoncepcionais trazem benefícios, mas também alguns efeitos colaterais. Por isso, a mulher deve ficar atenta à relação custo/benefício, sempre com acompanhamento médico.

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