Mil dúvidas passam na cabeça do casal que pretende ter o segundo filho. Quando começar a pensar nisso? Será que não estamos sendo precipitados? Mas e se deixarmos passar muito tempo e aí desistirmos? E se o primeiro filho estranhar o novo irmão?
Enfim, são muitas questões sem respostas ou pelo menos uma única resposta. Para ajudar a “clarear” as ideias, listamos abaixo algumas dúvidas que o casal pode vir a ter no caso de decidir ter o segundo filho. Acompanhe:
Quando ter o segundo filho?
Essa é uma pergunta com muitas respostas. Mas, na verdade, não há uma fórmula mágica. Enquanto o casal conseguir manter a saúde mental e a disposição física poderá garantir aos filhos um desenvolvimento saudável.
A máxima de que o filho quer um irmãozinho para ter companhia ou que um filho talvez salve seu casamento não funciona nesses casos. Pense que você terá que cuidar desse novo ser com toda paciência, dedicação e energia, além do gasto financeiro.
Após o primeiro parto, é preciso esperar quanto tempo?
Caso a mulher esteja amamentando, o ideal é esperar de 6 a 9 meses até tentar ter o segundo filho. Já a mulher que não está amamentando, pode esperar entre 3 e 4 meses.
A recomendação dos especialistas é aguardar um tempo maior – entre 3 a 5 anos para engravidar novamente, evitando assim problemas de saúde como anemia (da mãe e baixo peso do bebê), parto prematuro ou abortamento espontâneo.
Como deve ser o parto do segundo filho?
Geralmente, o que ocorre é que se o primeiro filho foi de parto normal, aumentam bastante as chances de o segundo bebê também ser de parto natural. Nos casos mais complexos, como o de gestantes com bacia óssea estreita ou outras doenças que levam à cesariana, a cirurgia é obrigatória.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, caso a cesárea anterior tenha sido circunstancial, isso não significa que o segundo parto tenha que ser novamente por cesárea. A chance de ruptura do útero é muito pequena – de 0,5%.
A mulher pode engravidar enquanto amamenta?
Não é recomendável. Além de ser complicado para a mulher dar atenção a dois bebês pequenos ainda, é comum o filho mais velho ficar enciumado, achando que seu irmão recém-nascido “roubou” seu lugar, especialmente nos casos em que a gestante interrompe a amamentação dele pouco tempo antes do parto do segundo filho.
Os médicos alertam para o fato de que uma criança com menos de 1 ano – no caso, o filho mais velho – precisa muito da mãe. Pior ainda se a mulher ainda tem problemas com a amamentação. Se forem gêmeos, então, é preciso tomar mais cuidados ainda, porque a sucção do peito estimula as contrações uterinas e pode precipitar o nascimento dos bebês.
Como equilibrar a atenção a dois filhos?
É preciso avaliar bem a situação. Realmente o casal quer o segundo filho? Terá tempo para cuidar dele como o desejado? Na rede de apoio, há avós, tios e padrinhos que podem ajudar nos cuidados com as crianças? São muitas perguntas. Se a resposta for sim para elas, o segundo filho será bem acolhido em uma família com estrutura.
E a diferença de idade entre eles?
Companheirismo entre irmãos e a vantagem de se “estressar” uma vez só. A pequena diferença de idade entre os irmãos faz com que eles fiquem mais próximos e passem praticamente pelas mesmas fases da vida juntos, independentemente de serem ou não do mesmo sexo. Além disso, uma certa competitividade faz com que as crianças se esforcem para buscar soluções.
Por outro lado, dar um intervalo maior entre um filho e outro faz com que a mulher esteja fisicamente recomposta, além de o casal já ter se acostumado aos novos papéis, passando de marido e mulher para pai e mãe. O primeiro filho já anda e come sozinho, e vai à escola.
Mas não se esqueça que você pode estar amamentando o segundo filho, enquanto o primeiro faz travessuras e pode chegar perto da escada.
Enfim, como dito anteriormente, não há uma fórmula mágica, mas sim a adaptação dos pais a essa nova realidade. Saber lidar de forma equilibrada com a relação entre o casal, entre os filhos e entre pais e filhos é o maior desafio. Boa sorte!