Um choro doído, daqueles difíceis de simplesmente ignorar. Quem não passou por isso com seu recém-nascido, sem imaginar o que poderia ser? Mesmo sendo avisados pelo médico e por amigos e familiares que já tiveram filhos, nem sempre os pais de primeira viagem se recordam das famosas crises de cólica.
Elas chegam sorrateiramente e se instalam como se fosse uma bactéria. Até o quarto mês de vida, é normal que o bebê apresente dores abdominais frequentes, já que o sistema digestivo do recém-nascido ainda está em fase de amadurecimento.
Não deixe que as cólicas tirem você do sério. Trate-as como um desafio, um aprendizado no meio do caminho. Saiba que as primeiras semanas (por volta de seis semanas) serão as piores, tanto para a mãe quanto para o bebê, mas, depois, o corpinho do bebê vai amadurecendo e logo, logo as cólicas ficarão no passado
Enquanto esse período não passa, listamos algumas dicas para reduzir essas cólicas. Vamos a elas:
1. Massageie a barriga do bebê
Caso você detecte que o bebê realmente esteja com cólicas, comece fazendo movimentos circulares na barriga dele, em sentido horário. A dica é arquear as mãos em formato de concha, uma de cada vez, pela barriga, em toda a região. Pressione suavemente a barriga.
Outra dica é deitar o bebê de barriga para cima em uma superfície reta e dobrar lentamente seus joelhos. As coxas devem pressionar a barriga levemente. Posteriormente, estenda as pernas e recomece o movimento, numa espécie de “pedalada”.
Esse movimento, que faz com que os gases sejam expulsos, pode ser feito várias vezes ao dia, até para reduzir a incidência de cólicas.
2. Dê um banho quente
Água quente, ambiente tranquilo, luz e voz baixa. Um banho de imersão, com a água variando entre 36ºC e 37ºC, e uma musiquinha ao fundo. Além de acalmar o bebê, o banho bem quentinho faz com que o bebê reviva o tempo que passou no útero.
Alguns especialistas acreditam que as cólicas podem estar atreladas ao estresse e, diante de uma atmosfera tranquila, elas podem vir a ceder mais facilmente.
3. Enrole o bebê em um cueiro
Enrolar o bebê em um pano como se ele fosse um “pacotinho” gera uma sensação de aconchego e segurança na maioria dos bebês. O cueiro – como é chamado o tecido de flanela que serve para enrolar o recém-nascido – diminui a irritabilidade e a agitação da criança.
Enquanto o bebê estiver no cueiro, outra medida que pode reduzir as cólicas é colocá-lo de bruços, apoiá-lo sobre uma de suas mãos e sair andando pela casa. Esse contato é essencial para que seu filho se sinta aquecido e confortável.
4. Evite os gases
Além de movimentar os joelhos e fazer massagens na barriga do bebê, é fundamental que o bebê arrote. É que a quantidade de ar que o bebê engole durante as mamadas pode provocar gases e agravar a cólica.
O ideal é fazê-lo expelir o ar que engoliu durante a amamentação. No caso de bebês que não mamam no peito, há algumas mamadeiras especialmente idealizadas para evitar cólicas.
5. Use uma compressa
Uma bolsa térmica com água morna ou uma fralda passada no ferro é uma ótima solução para reduzir as cólicas. É que o calor ajuda na vasodilatação, facilitando o fluxo sanguíneo e relaxando a musculatura. Assim, o bebê diminui o desconforto abdominal.
Antes de colocar a bolsa térmica na barriga do bebê, não se esqueça de checar a temperatura e enrolar um pano ou toalha em volta da bolsa para não correr o risco de queimar a pele do bebê.
6. Respire. Você não está sozinha
Há certos momentos que é preciso refletir. Estou cansada, sem paciência e não há nada que eu possa fazer, no momento, para que essas cólicas melhorem. Não seria a hora certa de eu me retirar e começar a contar com minha rede de apoio (pessoas da família ou não dispostas a ajudar nos cuidados do bebê)?
Não seria uma boa hora de eu contar com alguém enquanto eu tomo um banho e dou uma descansada? Seja marido, babá, avô, amiga…qualquer um pode auxiliar nesse momento tão específico. Pense nisso e não fique com vergonha de perguntar.
7. Se nada funcionar…dê um remédio
Você tentou absolutamente tudo…massagens, água morna, arrotar, cueiro, enfim…nada surtiu o efeito esperado. Então, após uma consulta e a avaliação médica, talvez ele recomende um analgésico infantil ao bebê.
Há medicamentos antigases (antiflatulência) indicados pelos pediatras, mas que apenas cuidam das cólicas, não das causas. Portanto, remédio somente em último caso.