Uso Anticoncepcional Há Muito Tempo. E agora, consigo engravidar

Por muitos e muitos anos, e isso ainda ocorre, a pílula anticoncepcional foi considerada a “vilã” dos casais que querem ter filhos.

Quase 100% eficaz em sua função de impedir a gravidez indesejada, muitas mulheres ainda atribuem a ela a má resposta a inúmeras tentativas de concepção sem sucesso. Mas será que isso tem algum fundamento? A resposta é não.

Os especialistas dizem que não há relação entre o tempo de uso do anticoncepcional e a dificuldade para engravidar. O problema é que essa premissa tornou-se verdadeira ao longo dos anos e reverter a “mentira” não é tão simples assim.

Além disso, a questão relativa à gravidez é que a dificuldade pode ocorrer por uma série de fatores que envolvem desde problemas de saúde até hábitos diários que podem interferir na fertilidade, como má alimentação, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), obesidada, bebida alcoólica etc.

Quanto à pílula, se a fertilidade de ambos está preservada, não é ela que vai dificultar uma possível gravidez.

A pílula anticoncepcional oral mantém a fertilidade

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o anticoncepcional utilizado por cinco ou mais anos, aumenta as chances de gravidez, se comparado a mulheres que a utilizam por menos anos.

Segundo os especialistas, quanto mais tempo a mulher usar esse método de contracepção, menos ovulações ela vai ter, portanto, a fertilidade será mais preservada.

Como funciona a pílula?

A pílula anticoncepcional ou o anticoncepcional hormonal combinado oral é um método contraceptivo à base de hormônios – geralmente estrogênio e progesterona sintéticos – que deve ser tomado diariamente – por 21, 28 ou 30 dias (nesse último caso, uso contínuo).

Com 98% de eficácia contra a gravidez indesejada, ela inibe a ovulação, impedindo que a mulher entre no período fértil. Outro efeito da pílula é impedir a dilatação do colo do útero, diminuindo a passagem de entrada dos espermatozoides e evitando que o útero consiga fazer com que o bebê se desenvolva.

A escolha por uma ou outra pílula depende de uma avaliação, feita pelo ginecologista, do estado geral da paciente e da análise de exames solicitados pelo especialista.

Principais “vilões” da fertilidade

Meio ambiente

Poluentes, agrotóxicos, tintas e fertilizantes são considerados substâncias tóxicas e “desreguladores endócrinos” por comprometer o sistema responsável produzir os hormônios e dificultar a fertilidade. Como solução, os alimentos orgânicos e a lavagem de verduras e legumes podem fazer diferença na hora de engravidar.

Álcool e outras drogas

O consumo de álcool, cigarro e outras drogas alteram a fertilidade da mulher, porque desregulam a ovulação. Nos homens, a quantidade de espermatozoides fica reduzida. Se óvulos e espermatozoides não estão adequados para a fecundação, eles não conseguem formar embriões.

Má alimentação e obesidade

Para quem quer engravidar, o ideal é ter uma alimentação saudável e balanceada, rica em vitaminas e proteínas. Alimentos saudáveis ajudam a melhorar a qualidade dos óvulos e dos espermatozoides.

Mulheres com o índice de massa corporal elevado produzem mais estradiol, hormônio proveniente das células de gordura. Ele pode bloquear a ovulação. Em alguns casos, quando a mulher perde peso, acaba engravidando naturalmente.

Doenças sexualmente transmissíveis

As DSTs são responsáveis por infecções na região pélvica, que podem dificultar a gravidez. A clamídia é uma doença causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os órgãos sexuais e pode atravessar o colo uterino.

Essa bactéria pode inflamar as tubas uterinas e prejudicar a captação dos óvulos, impedindo a formação de embriões. Depois de tratada, a mulher pode voltar a tentar engravidar.

Endometriose

A endometriose é caracterizada pela presença de tecido uterino (endométrio) fora do útero. Responsável por 30% das causas de infertilidade feminina, a endometriose pode chegar à cavidade abdominal, ovários, trompas e bexiga, causando inflamações que comprometem a fertilidade.

Idade avançada

Aos 35 anos, a mulher tem 15% de chance de engravidar a cada ciclo menstrual. Depois disso, sua reserva de óvulos começa a diminuir, assim como a qualidade dos que restam. Com isso, é mais difícil que eles sejam fertilizados e, consequentemente, que ocorra a gravidez.

Como se vê, o uso da pílula anticoncepcional realmente inibe a ovulação por um determinado período, mas há chances de a mulher engravidar assim que parar de tomar o anticoncepcional.

Mesmo que o prazo seja diferente de mulher para mulher, o processo é reversível. E aí? Empolgada com a possibilidade de engravidar? Boa sorte!

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