A Importância do Ultrassom na Gravidez

Quem não se emocionou ao ver pela primeira vez um pontinho piscando dentro da barriga? Nesse texto, vamos falar sobre o ultrassom e a importância deste exame durante toda a gestação.

Além de ser um método totalmente seguro, já que não se utiliza de radiação – como as radiografias e tomografias computadorizadas – o ultrassom é o exame de imagem de escolha para o acompanhamento do pré-natal.

Barato e sem riscos para o feto, ele não provoca efeitos colaterais e não apresenta contraindicações. Abaixo, apontamos alguns dados sobre o exame em diferentes fases da gravidez.

Quando o ultrassom deve ser feito na gravidez?

Durante a gestação, o ultrassom pode ser feito incontáveis vezes, mas isso não é necessário. O que os especialistas defendem é que se a mulher não apresenta queixas, é saudável e sem fatores de risco, o essencial é que ela faça duas avaliações ultrassonográficas – uma entre a 10ª e a 13ª semanas de gravidez e entre a 16ª e a 20ª semanas.

No entanto, muitos obstetras têm o aparelho no próprio consultório, o que contribui para que o exame faça parte de várias consultas da gestante.

Quantos exames de ultrassom geralmente são feitos?

Caso este seja o seu caso, é comum que o médico realize, em média, quatro exames de ultrassom no pré-natal. Geralmente, eles são divididos nos três trimestres de gravidez. São eles:

  1. Para confirmar a existência de um embrião localizado no saco gestacional e de uma gravidez intra-uterina, o ultrassom é feito na primeira ou segunda semana de pré-natal. Mesmo com pouco tempo de gravidez, já é possível visualizar os batimentos cardíacos do feto, além de identificar se a gravidez é gemelar, se há possíveis alterações anatômicas na mulher, como cistos de ovário, malformações do útero ou miomas, e estimar a idade gestacional.
  2. No segundo trimestre de gestação, é fundamental fazer o ultrassom morfológico ou ultrassonografia morfológica, entre a 18ª e a 24ª semana de gestação. Esse exame avalia a formação anatômica e é capaz de detectar malformações do feto. Ele é apontado como o exame mais importante de toda a gravidez. Antes disso, na 12ª semana de gestação, é comum que a gestante faça um ultrassom para medir a translucência nucal (TN) – exame que avalia a quantidade de líquido existente na nuca do feto. Caso a translucência dê alta, há uma possibilidade aumentada de que haja uma alteração cromossomial, como a síndrome de Down.
  3. No terceiro trimestre, o ultrassom verifica a taxa de crescimento do feto, a quantidade de líquido amniótico, a localização da placenta, a posição do feto dentro do útero e a posição do cordão umbilical.

Como é a primeira ultrassonografia?

Usualmente, a primeira ultrassonografia, realizada até as primeiras 12 semanas de gravidez, é feita via transvaginal. A partir desse período, ela passa a ser feita via abdominal. Antes da 4ª semana de gestação não adianta fazer ultrassom, pois ele não é capaz de identificar o saco gestacional – primeira estrutura capaz de ser visualizada durante a gravidez.

Durante a 5ª semana de gestação, é possível identificar a vesícula vitelina dentro do saco gestacional. É ela que fornece nutrientes para o embrião, que costuma ser visto a partir da 6ª semana. Os batimentos cardíacos podem ser identificados entre a 6ª e a 7ª semana. A recomendação é que o primeiro ultrassom seja feito durante a 7ª semana de gestação.

Translucência nucal

Também chamada de ultrassom morfológico do primeiro trimestre, a translucência nucal é feita entre a 11ª e a 13ª semana de gestação e visa identificar a quantidade de líquido na nuca do feto. Quanto maior a quantidade de líquido nessa área, maior é a possibilidade de o bebê apresentar anomalias cromossômicas e malformações fetais.

Os números da translucência focal devem ser inferiores a 2,5 mm. Mas os dados devem ser observados com cautela, porque uma TN alta em uma grávida de 25 anos é menos preocupante do que o mesmo valor quando a grávida tiver 40 anos.

Ultrassom morfológico

É considerado o exame mais importante da gravidez e deve ser realizado entre a 18ª e a 24ª semana de gravidez por via abdominal. Nela, é possível confirmar o sexo do bebê e visualizar partes do corpo como o coração e suas câmaras, o cérebro, as estruturas digestivas, membros, face, entre outros.

Há ainda o uso do doppler, que permite ver o fluxo de sangue na placenta e no útero. O especialista consegue identificar a placenta prévia – condição da placenta, que obstrui a saída do útero. O morfológico também mede a cabeça do bebê, o fêmur e a circunferência abdominal para checar o crescimento do bebê.

Ultrassom 3D

Embora não haja indicação para sua realização, a ultrassonografia em 3D mostra com maior nitidez a aparência do feto, mas acrescenta pouco em relação ao ultrassom 2D tradicional.

Já o ultrassom 4D é um ultrassom 3D em tempo real, capaz de mostrar movimentos do feto e de suas estruturas internas, a exemplo do coração. A vantagem é que ele pode ser gravado como um vídeo, podendo ser guardado pelos pais para sempre.

Enfim, o ultrassom é o “melhor amigo” da mulher ao longo da gestação. Além de ser um forte aliado no acompanhamento da gravidez e do desenvolvimento do feto, caso seja detectado algum problema, é possível encaminhar a gestante para tratamentos específicos.

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