Saudável e equilibrada. A alimentação da mulher que está amamentando requer alguns cuidados para que o bebê não seja prejudicado. O que a mãe come pode influenciar diretamente na composição do leite materno e eventualmente causar problemas digestivos no filho.
É o caso de alimentos alergênicos – a exemplo de ovos, castanhas, leite e farinha de trigo. Como resultado, o bebê pode chorar, regurgitar uma grande quantidade de leite uma hora após a mamada, ter diarreia ou constipação.
Listamos abaixo algumas substâncias e alimentos que devem ser evitados durante a fase de amamentação. Veja:
Cafeína
Altamente excitante, a cafeína, contida no café, em refrigerantes de cola, chás (verde, preto e mate), energéticos, entre outros, devem ser evitados ou consumidos minimamente durante a amamentação.
Diferentemente dos adultos, o bebê não consegue metabolizar tão bem a cafeína, além de causar irritação e dificuldade para dormir.
Além disso, a cafeína reduz os níveis de ferro no leite e de hemoglobina do bebê, o que pode causar um quadro de anemia.
O ideal é que a mamãe consuma apenas duas xícaras de café por dia, o que equivale a 200 mg de cafeína, ou optar pelo café descafeinado.
Álcool
Uma pequena quantidade de álcool pode ser transferida para o leite materno, por isso as bebidas alcoólicas devem ser banidas da vida da mulher, pelo menos nessa fase da vida. O álcool pode afetar o sistema nervoso do bebê causando sonolência e irritabilidade, comprometer o desenvolvimento neurológico e psicomotor e até mesmo causar atraso ou dificuldade para aprender a falar e a caminhar.
Caso a mulher consuma uma lata de cerveja – o correspondente a 330 ml da bebida – uma taça de vinho (100 ml) ou dose de destilado (30 ml), ela deve amamentar apenas duas horas após a ingestão da bebida alcoólica.
A cada dose acrescida, deve-se adicionar duas horas de espera para retomar a amamentação.
Se não for possível dar esse intervalo, a mulher pode armazenar o leite retirado antes do consumo de álcool para a próxima mamada.
Cigarro
Bebês de pais que fumam correm maior risco de apresentar problemas respiratórios, otites e infecções pulmonares. Fumar também pode comprometer a produção de leite materno.
Doses de nicotina no leite materno podem reduzir o tempo de sono do bebê. Elas dormem um tempo significativamente menor e acordam mais cedo dos cochilos. Estas mudanças são atribuídas à substância. Quanto maior sua dose, maior a interferência no padrão de sono.
Chocolate
Rico em teobromina, o chocolate funciona como o café. Pouco mais de 100 gramas de chocolate tem cerca de 250 gramas dessa substância, que provoca irritação no bebê e dificuldade para dormir.
A teobromina pode ser detectada no leite materno duas horas após o consumo do chocolate.
É recomendável comer pequenas quantidades de chocolate – o equivalente a um quadrado de 28 gramas, o que corresponde a cerca de 6 miligramas de teobromina, quantidade que não gera problemas ao bebê.
Alimentos processados
Geralmente calóricos, os alimentos processados contêm gorduras e açúcares altamente prejudiciais à saúde.
Além disso, são pobres em nutrientes, como vitaminas, minerais e fibras, podendo prejudicar a qualidade e a produção do leite materno.
Invista nos alimentos naturais e frescos, que possam fornecer todos os nutrientes necessários para a saúde do bebê.
Evite batatas fritas, salgados, enlatados como salsichas, frutas cristalizadas ou em calda, biscoitos recheados, pizzas, refrigerantes, massas e frituras.
Alho
Devido ao sabor e cheiro fortes, o alho deve ser evitado. Rico em compostos sulfurados, cujo principal componente é a alicina, que proporciona o cheiro característico, o alho pode alterar o cheiro e o sabor do leite materno, o que pode causar rejeição do bebê à amamentação.
É recomendável evitar consumir o alho todos os dias, na forma de tempero ou em forma de chá.
Alimentos alergênicos
Alguns alimentos podem dar alergia no bebê. A mamãe deve estar atenta a esses sinais, evitando: leites e derivados; farinha de trigo; soja; ovos; milho; frutas secas; amendoins e castanhas.
Vermelhidão, coceira, prisão de ventre e diarreia são alguns dos sintomas verificados nos bebês. O correto é eliminar esses alimentos da dieta até o fim da amamentação.
A amamentação é um momento fundamental para a interação entre mãe e filho. É uma fase mágica, então é importante que a mulher tenha a responsabilidade de cuidar do bebê e de sua saúde. Basta pensar que essa é uma fase e a restrição alimentar não vai durar para sempre.