O Que Caracteriza Uma Gestação de Alto Risco?

Uma gravidez de alto risco pode ser caracterizada por algum problema – da gestante ou do bebê – que aumenta as chances de evolução desfavorável da gravidez. Quando isso ocorre, o acompanhamento médico durante o pré-natal deve ser intensificado.

Quais mulheres podem apresentar alto risco na gravidez?

No grupo de alto risco, incluem-se mulheres que tiveram complicações em gestações anteriores, pacientes com mais de 35 anos, com doenças crônicas (cardiopatias, problemas renais, auto-imunes ‘lúpus’, tabagistas, alcoolistas, usuárias de drogas etc.), distúrbios metabólicos, da tireoide, diabetes e hipertensão, mesmo que saudáveis e que apresentaram essas patologias durante a gravidez.

Entre os principais riscos e complicações possíveis, alguns são mais comuns. Veja:

  • Parto prematuro
  • Baixo peso ou peso excessivo ao nascer
  • Infecção neonatal
  • Falência da placenta

No caso de mulheres com doenças graves anteriores, como hepatite, doenças neurológicas, hipertensão arterial, entre outras, o mais indicado é que o especialista seja procurado antes mesmo de a mulher engravidar. Caso ela engravide, o obstetra dará a essa paciente atenção especial, com redução do período entre consultas, dependendo da necessidade.

Mulheres com mais de 35 anos

Posteriormente, o ginecologista ou obstetra deve alinhar suas prescrições às do médico especialista para que a gravidez transcorra de forma saudável e natural. Já mulheres com idade superior aos 35 anos, devem estar atentas aos riscos de diabetes gestacional, prematuridade, abortamentos e hipertensão específica da gravidez – todos processos comuns em gravidez tardia.

Nesse caso, o pré-natal vai exigir exames adicionais, como um teste de glicemia em jejum todos os meses para dosar o nível de açúcar no sangue. Por volta das 28 semanas de gestação, é feito o teste de tolerância à glicose e o controle da pressão arterial.

Doenças crônicas

Doenças como hipertensão e diabetes, desenvolvidos antes ou durante a gestação, levam riscos ao desenvolvimento do bebê. Algumas consequências são pré-eclâmpsia, complicações no parto e prematuridade.

Além disso, a falta ou o excesso de peso impactam o feto. Se no primeiro caso a mãe não apresenta nutrientes suficientes para fornecer ao filho, no segundo a obesidade pode ser responsável pelo desenvolvimento de doenças como diabetes no próprio bebê.

Reprodução assistida

Caso um bebê tenha sido gerado via reprodução assistida, essa gravidez também passa a ser considerada de risco. É que durante o processo de fertilização in vitro, não existe o corpo lúteo – estrutura do ovário responsável por produzir progesterona e estrogênio para dar suporte à gestação

Múltiplas gestações

Gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos, quíntuplos e por aí vai. As gestações de bebês múltiplos precisam ser acompanhadas de perto. É que muitas vezes o útero não está preparado para “dar conta” de dois, três, quatro ou sabe-se lá quantos bebês ao mesmo tempo.

Em partos múltiplos, podem ocorrer malformações congênitas, síndromes genéticas e outras condições que podem antecipá-lo ou exigir cirurgias intrauterinas. O pré-natal bem feito torna-se fundamental para essa paciente, porque muitos problemas podem ser identificados e alguns tratados com eficiência.

É possível minimizar os riscos?

A primeira atitude de uma grávida de alto risco após saber de sua condição é procurar um obstetra expert no tema, que faça um pré-natal reforçado. Aumenta-se o número de consultas, de exames e os cuidados especiais. Esse processo merece mais atenção, especialmente na primeira metade da gravidez, quando serão observados os riscos e analisados quais serão os próximos passos.

A alimentação também deve ser regrada – saudável e equilibrada. O ideal é consumir frutas, vegetais, cereais integrais, peixe, carnes brancas (frango e peru) e sementes, como gergelim ou girassol. Frituras, doces, embutidos, refrigerantes, café ou alimentos com adoçantes artificiais devem ser evitados.

Há ainda algumas situações que exigem repouso total, como, por exemplo, doenças prévias não controladas ou descolamento de placenta, mas a análise dos casos é individual.

Qual é a melhor indicação para o parto?

A melhor indicação para gestações de alto risco é o parto normal, justamente porque a paciente fez um pré-natal altamente qualificado. Além disso, se ela conseguir levar a gravidez até o período de 37 a 40 semanas, isso significa que o bebê está pronto para nascer naturalmente.

No caso de uma cesárea, como é um procedimento cirúrgico, ela pode ser agressiva para mulheres com doenças crônicas. É preciso destacar que há casos em que a indicação é uma cesariana, como é o caso de doenças cardíacas, cardiovasculares, entre outros. Malformações, problemas na região da bacia, a posição do bebê e outros diagnósticos também impedem o nascimento natural.

Portanto, todo cuidado é pouco no caso de gestantes de alto risco. Mas não se preocupe! Se você cumprir as prescrições corretamente, vai dar tudo certo!

Artigos Relacionados

Comments

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Stay Connected

spot_img

Últimos Artigos